O pesadelo biomecânico e fetichista de H. R. Giger

Talvez você não saiba quem é o suíço Hans Ruedi Giger , mas certamente já conheceu seu filho mais famoso, que foi literalmente um monstro do cinema nos anos 80. Rendeu até um oscar para seu pai. A “criança” atende por Alien, apenas. Quem simpatiza com um estilo artístico mais sombrio, dark, gótico, “thecúrico” e acha que está preparado para Giger, é melhor rever seus conceitos. Giger é pesadelo puro, destilado e traduzido em desenhos, pinturas, esculturas e design (principalmente para o cinema). Giger sofre de terror noturno e conseguiu através de sua arte transmutar seus pesadelos em trabalhos que fazem com que nós tenhamos pesadelos. Talvez por isso a introdução de seu famoso Necronomicon tenha sido feita por Clive Barker , outro mestre do pesadelo, que em 1987 escreveu, roteirizou, produziu e dirigiu o único filme de terror que eu, fã do gênero e então com 12 anos, só tive coragem de assistir inteiro quando já tinha passado dos 16: Hellraiser .

Uma das imagens do Necronomicon

O estilo de Giger é monocromático e surreal; ficou famoso por inovar com a representação de corpos humanos fundidos com máquinas, em uma relação sadomasoquista.

Admirar o trabalho de Giger para alguns é algo que incomoda, arregala os olhos e faz procurar terapia. Para outros é uma referência valiosa e um exemplo claro de como a arte é capaz de expressar o “indizível”.

Um dos pesadelos biomecânicos de Giger

Um dos cenários de Giger, que foi designer em filmes como Duna, Alien e Species

A seguir dois trailers do documentário H.R. Giger’s Sanctuary, disponível em DVD

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Visite a página oficial e o museu desse gênio. E se você não estiver preparado para o trabalho dele, vou entender. Ninguém está.