O Montalvo fez mais um grande serviço em prol da comunidade “ilustrativa”, ao legendar o vídeo “Fuck yuo, pay me!” que trás a tona a velha discussão: Você se diz profissional, mas está agindo como um?
No mercado canso de ver a falta de ferramentas eficientes de negociação como: orçamentos bem redigidos; projetos bem elaborados; briefings completos e contratos específicos. Geralmente com 50% de culpa para cada lado da moeda. O cliente faz errado por desconhecimento ou comodismo, afinal se não é cobrado, como vai mudar algo “culturalmente” aplicado e os ilustradores/designers muitas vezes se “cansam” ao tentar entender cada linha de um contrato, por isso se sentem o Maximo apenas em ter uma copia de um documento [que nem sabem bem o que está escrito] na gaveta. Até… que dá merda.
O Alarcão mesmo contou uma experiência particular na revista Ilustrar #22 em que um contrato fez toda a diferença em seu tempo de “novato”, quando ainda estudante o mercado se mostrou como um Rinoceronte para ele. Vale a leitura.
Eu mesmo, quando me julgava “macaco velho”, me estrepei com o design de uma caixa de bombom onde as “refações” foram maiores que o nº de bombons sortidos no job e o cliente só foi “demitido” quando ele me apareceu com uma proposta de um concorrente e queria apenas a arte final [acredito que sem a autorização de quem criou], o contrato não estava lá para me defender, sai sem nenhum no bolso, trabalhei muito e ainda testaram minha ética com essa proposta indecente. Ai eu te pergunto, o cliente tinha algum respeito por mim?
Vai ter freelace que depois de assistir ao vídeo vai pensar: “Cara, isso só funciona para quem tem uma empresa, não tenho que pagar funcionário, meus custos são baixos e resolvo tudo de forma direta com meu cliente!” na boa, esse cara está fudido. Não vai ser respeitado e na 1ª onda vai naufragar, afinal está navegando a deriva.
Nos cursos e faculdades para publicitários/designers/afins normalmente tem a cadeira de Direito/jurisdição/etc., mas como um grande amigo. Prof. Eitel sempre falava: A maioria dos alunos querem “pagar” e não “levar”. Então disciplinas ditas chatas, são apenas bons motivos para exercitar a malandragem de se passar na media, até porque o mercado ensina depois. Verdade, o mercado cruelmente ensina depois, só que as vitimas podem não ser apenas você, igual receber a carta de motorista para depois aprender no transito da cidade, muita gente corre o risco com alguém “dito” profissional no volante.
Já fiz piada com o lema “Consulte Sempre um Advogado”, mas agora falo serio, não quer ter ou não pode ter um Keith Levine o tempo todo em suas transações comerciais, então busque uma consultoria, existem formatos de atendimento cliente x advogado indicados a sua necessidade, tenha em mente seus direitos, aprenda a ler contratos e fuja de assinar modelos “pro forma”. Um BOM CONTRATO pode resolver vários problemas como: Prazos, orçamentos, Briefings furados, mudanças no mercado…
Não seja ingênuo, seja Profissional.
VALEU MONTA!
maio 5, 2011 -
Este post vai me ajudar a sair da pindaíba cara. iuahiauhaui muito bom! Outra mentalidade isso.