A morte na ponta de um lápis

Se o lápis é a ferramenta mais simples para a expressão artística, nada mais poético do que tornar-se um ao fim da vida. Na verdade não um, mas exatos 240.
A designer de produtos Nadine Jarvis tem uma proposta ousada, que pode parecer escatológica dependendo da sensibilidade (ou falta de) de quem conhece: lápis feitos das cinzas de uma pessoa cremada.
As cinzas de um corpo transformam-se em grafite para 240 lápis, e em cada um vem estampado o nome da pessoa. Tudo acondicionado em uma bela caixa de madeixa, que permite a retirada de apenas um lápis por vez. O lápis é apontado na própria caixa que armazena as lascas e sobras do apontamento, que ocupam o lugar dos lápis que são retirados. Dessa forma, ao acabarem-se os lápis, a caixa de madeira torna-se uma urna funerária. Uma pequena janela na caixa mostra quantos ainda restam para que ela converta-se na urna final.

Este não é o único projeto de Nardine que envolve a morte. Visite sua página e procure pelo Post Mortem Research. Conheça as outras sugestões desta artista para, segundo ela, “alongar a cerimônia da morte e dar mais tempo para quem ficou acostumar-se à perda”

E viva a vida e a morte. E viva, sobretudo, a arte.

  1. março 16, 2008 -

    nossa… muito doida essa idéia de virar lápis, ou melhor 240!
    eu quero me transformar em 240 lápis. genial!
    será que ela faz por encomenda!?
    o_O

  2. março 16, 2008 -

    nossa… muito doida essa idéia de virar lápis, ou melhor 240!
    eu quero me transformar em 240 lápis. genial!
    será que ela faz por encomenda!?
    o_O